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O custo do crédito voltou a subir neste início de ano, apesar da queda na taxa básica de juros e da tentativa do governo de usar os bancos públicos novamente para baratear os empréstimos. Pesquisa do Banco Central divulgada ontem mostra que a taxa média de juros cobrada dos consumidores e empresas subiu para 38% ao ano em janeiro, maior valor em três meses. Dados parciais para fevereiro mostram nova alta, para 38,3%. O aumento dos juros se deve à alta do spread bancário, diferença entre o custo do dinheiro para o banco e o porcentual cobrado do cliente.
De acordo com o BC, o problema está ligado principalmente à inadimplência, fator que mais pesa no cálculo do spread. O porcentual de prestações em atraso, no caso das pessoas físicas, cresceu pelo sétimo mês seguido e chegou a 7,6% das dívidas, maior nível em 25 meses. "Esse spread repercute a resistência da inadimplência em recuar", disse o chefe do Departamento Econômico do BC, Túlio Maciel.
O presidente do BC, Alexandre Tombini, disse ontem que a redução do spread é uma preocupação da presidente Dilma Rousseff e que o foco será no valor cobrado de pessoas físicas e pequenas e médias empresas.
Fontes da equipe econômica dizem que o governo tenta ação coordenada de redução do spread, semelhante à executada na crise de 2008 e 2009, quando os bancos públicos reduziram taxas e aumentaram empréstimos para ajudar a economia. No financiamento de veículos, o atraso mais que dobrou desde janeiro de 2011 e está em 5,3%.
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Atualizado em: 25/11/2024 09:36 |