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Um novo estudo sobre saúde mental nas empresas brasileiras revelou um dado preocupante: a resistência da liderança continua sendo o principal obstáculo para a implementação de políticas efetivas de bem-estar emocional. A pesquisa, encomendada pela Safe Care Benefícios e realizada com mais de 500 profissionais de Recursos Humanos, escancara os desafios enfrentados pelo RH para transformar o discurso em prática no cuidado com as pessoas.
Apesar do aumento na visibilidade do tema, apenas 46,4% dos profissionais de RH afirmam que suas empresas investem em iniciativas contínuas de apoio à saúde mental. Outros 41,9% relatam que o tema só é abordado em campanhas sazonais, como durante o Janeiro Branco ou o Setembro Amarelo, revelando que o bem-estar ainda não faz parte da estratégia permanente da maioria das organizações.
Um dos destaques do levantamento da Safe Care está na percepção sobre o comportamento da alta liderança. Embora 40,8% dos profissionais enxerguem uma abertura real para discutir saúde mental com seus líderes, 49,7% observam uma postura ambígua — com apoio parcial e condicionado a certas situações. Ainda mais alarmante: 10% afirmam que seus líderes não demonstram qualquer abertura para o tema.
Esse dado ajuda a explicar por que 26,1% dos entrevistados apontam a resistência da liderança como o maior entrave à implementação de políticas efetivas de saúde emocional nas empresas. A segunda maior barreira, apontada por 25,1%, é a falta de recursos financeiros, reforçando a necessidade de priorização orçamentária para programas de bem-estar nas organizações.
“O cuidado com a saúde mental ainda está preso à cultura do improviso em muitas empresas. Sem apoio da liderança e orçamento dedicado, é impossível criar um ambiente psicologicamente seguro e sustentável”, afirma um dos especialistas da Safe Care envolvidos na pesquisa.
Por outro lado, o levantamento mostra que o RH tem clareza sobre o impacto positivo dessas ações. Para 48,6% dos profissionais ouvidos, o principal benefício de investir em saúde mental é o aumento da produtividade e do engajamento, seguido por melhoria do clima organizacional (42,4%).
Esses dados corroboram pesquisas internacionais — como as da Harvard Business Review e da Deloitte — que demonstram que empresas com ambientes saudáveis apresentam menor rotatividade, maior inovação e crescimento sustentado.
Contudo, ainda existe uma tensão entre expectativas e entregas. Para 41,6% dos respondentes, o maior desafio é justamente equilibrar bem-estar e performance, evidenciando o conflito entre manter colaboradores saudáveis e, ao mesmo tempo, alcançar metas agressivas de produtividade.
Em tempos em que a saúde emocional se torna uma demanda central do colaborador moderno, o setor de RH precisa de voz ativa nas decisões estratégicas da empresa. Isso passa pela reavaliação dos benefícios corporativos oferecidos, incluindo o acesso a terapias, apoio psicológico, programas de autocuidado e cultura organizacional mais empática.
O estudo também sugere que, para gerar transformação real, o tema da saúde mental deve deixar de ser um tabu — e isso só acontece quando a alta liderança assume publicamente a importância do cuidado com as pessoas. Mais do que fornecer palestras e ginástica laboral, é necessário investir em estratégias estruturadas, com metas, indicadores e continuidade.
Com base nos dados da Safe Care, algumas diretrizes podem ajudar empresas e líderes a avançarem nesse campo:
Treinar lideranças para desenvolver empatia e escuta ativa, reduzindo o estigma sobre saúde emocional.
Inserir programas de bem-estar como parte do planejamento estratégico de RH e do orçamento anual da companhia.
Utilizar indicadores de saúde mental como métricas de sucesso, ao lado de produtividade e lucro.
Oferecer benefícios flexíveis e personalizados, respeitando as diferentes necessidades dos colaboradores.
Integrar tecnologia e humanização, por meio de plataformas que acompanham a saúde emocional dos times em tempo real.
O retrato revelado pela pesquisa é claro: não basta falar sobre saúde mental nas campanhas de marketing interno — é preciso institucionalizar o cuidado com as pessoas como parte da cultura organizacional. Em tempos de esgotamento físico e emocional, empresas que ignoram esse movimento arriscam perder talentos, produtividade e competitividade.
“A liderança precisa sair da zona de resistência e entender que saúde emocional é parte da estratégia do negócio. O colaborador que não adoece, que se sente respeitado e ouvido, entrega mais — com propósito e lealdade”, reforça o relatório.
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Atualizado em: 31/07/2025 08:44 |